É verdade que a Copa do Mundo para a França foi traumática. Mas para o Brasil, de certa forma, também foi frustrante. O fato é que independentemente da intensidade do fracasso, as duas seleções estão em reconstrução. Novo técnico, novos jogadores, novo estilo... Mas no reencontro desta quarta-feira, às 18h (de Brasília), no Stade de France, em Saint-Denis, ambos lutam contra “fantasmas”.
A Seleção Brasileira, pentacampeã do mundo, vê na França seu principal algoz da história. Em quatro confrontos em Copa do Mundo, por exemplo, apenas uma vitória (em 1958). Depois disso, três derrotas traumáticas: nas quartas de final em 1986 e 2006 e na decisão de 1998. Fora isso, o Brasil não vence os Bleus há 19 anos. De 1992 para cá, foram cinco jogos, com dois empates e três tropeços.
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- Penso que estamos em um estágio semelhante de construção, ainda com poucos jogos de parâmetro. Mas me parece que as primeiras amostragens são boas. Precisamos continuar avançando com atuações convincentes, com sequências de bons jogos e acompanhadas de bons resultados, que são determinantes – falou Mano, que no comanda da Seleção tem três vitórias e uma derrota. A França, embora sustente um retrospecto favorável recentemente contra o Brasil, não vive seus melhores dias. Na Copa do Mundo da África do Sul, por exemplo, saiu ainda na primeira fase e foi manchete no mundo todo por conta de sérios problemas de relacionamento no elenco. Após o Mundial, então, o ex-zagueiro Laurent Blanc, campeão mundial em 1998, assumiu a reconstrução do time.
Mas a atuação na África do Sul ainda é um “fantasma” a ser deixado para trás.
- O nosso espírito é de conquista, de reviravolta. Os jogadores que estão aqui são novos e temos feito um bom trabalho. Nós acreditamos. Temos de provar a nós mesmos que podemos ter um futebol forte – declarou o lateral-direito Sagna, que é o atual dono da braçadeira de capitão da seleção francesa. Sob o comando de Blanc, aliás, os Bleus têm duas derrotas e quatro vitórias consecutivas.
A sequência de vitórias da França e o retrospecto em Copas do Mundo contra o Seleção, porém, não assustam os jogadores brasileiros. Alexandre Pato, artilheiro da era Mano Menezes, com três gols, acredita que a história agora é outra.
- Enfrentar a França não é legal, é muito legal! Todos sonham jogar contra eles. É só um amistoso, mas para nós é um jogo muito importante. É um novo ano, novos jogadores e o passado nós tentamos não lembrar. Tenho certeza que a história vai ser outra daqui para frente – discursou Pato. Robinho, companheiro de Pato no Milan e jogador mais convocado pela Seleção Brasileira nos últimos quatro anos, aposta na mescla da experiência e juventude.
- É uma mistura muito boa essa de jogadores mais experientes e de jovens com talento. Esse é o caminho – finalizou o Rei do Drible.
Para o jogo desta quarta-feira, as principais novidades do técnico Mano Menezes são a entrada de Renato Augusto na armação e o retorno do goleiro Julio Cesar, convocado pela primeira vez depois da queda na Copa do Mundo. Na França, o técnico Laurent Blanc fez treinamento fechado e não deu pistar do provável time.
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