
Ao contrário do que o técnico Cuca havia anunciado após o último treino, por causa da contusão de Gilberto, Pablo atuou na lateral direita, e Diego Renan, na esquerda, sua posição de origem. Empolgada pela goleada sobre o Estudiantes na estreia, os cruzeirenses levaram o primeiro susto aos nove minutos. Escobar cabeceou na trave direita de Fábio, e o silêncio momentaneamente tomou conta das arquibancadas. Aos poucos o Cruzeiro foi dominando a partida, só que esbarrava na forte defesa paraguaia. Com duas linhas de quatro defensores, o Guaraní apostava nos contra-ataques.
Se com a bola rolando estava difícil, a bola parada surtiu efeito. Após cobrança de escanteio, aos 29, Wallyson pegou o rebote de primeira e chutou no canto para abrir o placar. Foi o quarto gol do atacante na temporada, o terceiro na Libertadores. Com a vantagem, a Raposa diminuiu o ritmo e teve tempo de tomar outro susto ainda na primeira etapa. Após levantamento para a área, a defesa tentou fazer linha de impedimento, mas falhou. Filipini cabeceou sozinho e por muito pouco não empatou o jogo.
O Cruzeiro dá um tempo na competição sul-americana e volta as suas atenções ao Campeonato Mineiro. No próximo sábado, o time celeste vai a Teófilo Otoni encarar o América local, às 16h. Pela Libertadores, volta a campo no próximo dia 2, contra o Tolima, no estádio Manuel Murillo Toro. Será o primeiro jogo da equipe mineira fora de casa. A segunda etapa começou sob forte chuva, mas nem a água foi capaz de acalmar o ímpeto do Cruzeiro, que, incentivado pela sua torcida, foi com tudo para definir a partida. O Guaraní não conseguia passar do seu campo. E mais uma vez Wallyson mostrou ter estrela ao ampliar o marcador aos 18 minutos. Montillo cruzou, o atacante dominou e tocou na saída de Aurrecochea.
O gol desmontou toda a motivação do time paraguaio, e o Cruzeiro passou a jogar no contra-ataque, esperando sempre o erro do adversário. O que se viu a partir daí foi a equipe da casa abusando do direito de perder gols. A Raposa pecava no último passe.
No lado dos visitantes, o volante Pedro Chavez protagonizou uma cena hilária para os torcedores do Cruzeiro. Ele entrou no lugar de Ithurralde, mas foi substituído cinco minutos depois. Ao deixar o campo, Chavez jogou a camisa no chão e esbravejou contra o técnico Carlos Compagnucci. Delírio nas arquibancadas.
E o que já estava bom ficou muito melhor a partir dos 40. Num rápido contragolpe, Dudu foi acionado na esquerda e bateu cruzado para a área. Esperto, Farías entrou livre e empurrou para a rede. E teve tempo para mais. Já batidos em campo, os paraguaios passaram a assistir ao toque de bola da Raposa, e dois minutos depois Thiago Ribeiro carregou a bola sem ser incomodado. Da intermediária soltou uma pancada, e a bola morreu quase no ângulo de Aurrecochea. Mais uma goleada do envolvente time do Cruzeiro.
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