"Gosto de me desafiar e sempre quero lutar com os melhores. Isso me motiva a continuar trabalhando duro para vencer esses desafios.''
"Eu estava pensando no que eu tinha que fazer para finalizar a luta, defender meu título e ir para casa saudável", disse Anderson.
Saudável estava fora de questão depois de absorver um ground and Pound de Sonnen, para não mencionar uma lesão na costela antes da luta, mas finalizar a luta e defender o título pela sétima vez, ainda era possível. Não provável, mas possível, e na marca de 3:10 do R5, a menos de dois minutos da derrota, ele produziu os tapinhas de desistência de Sonnen com um armlock do triângulo.
Foi uma vitória impressionante, que permanecerá em destaque na história de Anderson. Ganhar fácil e de forma dominante é uma coisa, ganhar diante da adversidade é outra completamente diferente. Não haveria Muhammad Ali, sem as guerras com Joe Frazier, 'Sugar' Ray Leonard sem Tommy Hearns e, agora, Anderson mostrou glória similar contra Sonnen, admitindo que quando você supera esse tipo de teste de vontades, o lutador de verdade emerge.
"Eu acho que todas as minhas lutas foram difíceis, e lutar contra adversários difíceis constrói um lutador forte, aquele que pode superar as adversidades e continuar na luta até o fim".
Tal domínio de Sonnen durante grande parte da luta, pode ter sido o que o astro brasileiro precisava para sair da nuvem cinzenta que ele esteve ao longo dos últimos dois anos de seu reinado. Claro, ele estava espetacular e motivado quando saltou para a divisão até 93kg - detonando James Irvin e Forrest Griffin, em menos de um round, mas ele parecia estar adormecido nas defesas contra Patrick Cote, Thales Leites e Demian Maia. Sonnen, perturbando antes da luta e dando as cartas durante boa parte daquele combate, trouxe a chama que parecia apagada em Anderson.
"Gosto de me desafiar e sempre quero lutar com os melhores", disse ele. "Isso me motiva a continuar trabalhando duro para vencer esses desafios".
Este sábado à noite, haverá outro desafio, e este pode ser mais difícil, quando ele enfrenta o compatriota e ex-parceiro de treinos, Vitor Belfort, na luta principal do UFC 126 em Las Vegas.
"Ele é um adversário perigoso que foi um campeão jovem do UFC", disse Anderson, seu adversário, que venceu o torneio de pesos pesados UFC 12 com 19 anos de idade, em seguida, conquistou o cinturão meio-pesado em 2004. "Vai ser uma grande luta para os fãs".
Mas será uma grande luta para Anderson, que está saindo de uma guerra de contra Sonnen? Você também pode adicionar a pressão de estar em seu quinto ano como campeão, algo que ele concorda que é uma responsabilidade, às vezes, mas que ele parece ter tomado o controle.
"Há muita responsabilidade e pressão quando você é o campeão, por isso manter uma mente saudável é tão importante quanto um corpo saudável, ambos aspectos são determinantes em qualquer luta".
Anderson mostrou a sua tenacidade - mental e física - na mais brilhante fase do esporte, e na coletiva de imprensa antes do UFC 126, o campeão deixou claro que o Mandalay Bay é sua casa e encarou o desafiante com vontade, ficando poucos milímetros do nariz de Vítor,
O campeão admite que Belfort "é um adversário difícil" que "tem boas mãos e tem muita experiência", mas quando questionado sobre se o adversário progrediu como lutador ao longo dos anos, a resposta de Anderson é simplesmente, "não tenho certeza, teremos que esperar e ver no dia 6 de fevereiro".
É o máximo que vai sair do campeão, que conserva o seu carisma para o Octógono e para aqueles momentos em que os microfones não estão lá. A vitória sobre Sonnen re-animou o campeão, que tem a intenção de partir com tudo assim que o gongo soar. Essa é uma situação assustadora para os adversários, mas um presente para os fãs, que Anderson promete entreter em 2011.
"Eu quero defender o meu cinturão e lutar com os melhores", disse ele. "Os fãs podem esperar para ver grandes lutas este ano".
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