Quanta seriedade. Marra? Que nada! “Eu não cheguei aonde eu cheguei tendo marra”, diz Anderson Silva. Ele veio de berço humilde. Nasceu na periferia de São Paulo, cresceu em Curitiba com os tios, que ele também considera como pais.
“Eu fui para Curitiba, porque meus pais eram muito novos e não tinham condições de me criar em São Paulo. Aí minha mãe entrou num consenso com minha tia, que me criou. Nunca foi uma vida fácil, nunca faltou nada para viver dignamente, mas não dava para esbanjar. Era tudo muito controlado”, lembra.
O garoto foi à luta. Virou balconista em uma lanchonete. “Eu aprendi muitas coisas. Eu aprendi a lidar com as pessoas e a lidar com situações difíceis. Foi muito bacana”, destaca.
Mas o futuro não estava ali. Tentou outro caminho: seguir sua paixão de garoto.
“Minha grande frustração foi não ter sido jogador de futebol. Eu bem que tentei, mas não era para mim. Eu até que chutava bem, mas não deu certo. Não era para mim”, comenta.
O corintiano fanático ficou só na torcida, mas precisava ganhar a vida e investiu em outra paixão. Montou uma equipe de dança e fez shows imitando o Rei do Pop. “Fico até um pouco emocionado de falar, porque gostei muito, gosto muito e sou apaixonado pelo Michael Jackson”, conta.
Nessas de imitar, se meteu a interpretar. Queria ser, quem sabe, protagonista de “Tropa de Elite”. Mas tem alguma coisa fora do tom: a voz. “É um problema sério. Eu, desse tamanho, com essa vozinha”, comenta.
Nem o genro respeita. “O namorado da minha filha chegou e veio falar comigo. Ele estava esperando uma voz grossa e começou a rir. E eu falei: ‘Do que está rindo?’. ‘Desculpa, mas eu não imaginava que tua voz fosse desse jeito’”, comenta.
Nem no campo, nem palco, nem no cinema, nem no balcão. Foi no octógono, um ringue com oito lados, que Anderson Silva se deu melhor e venceu a maior luta - a luta da própria vida. O menino que era franzino hoje é o atual campeão dos pesos médios do UFC, a maior liga de artes marciais mistas do mundo. Está invicto há 13 lutas, um recorde. Oito lutadores já tentaram tirar seu cinturão e não conseguiram. E esse é outro recorde. Quando derrotou seu penúltimo adversário, estava com uma costela quebrada. No seu último desafio, levou três minutos e 25 segundos. Foi tudo que precisou para vencer Vítor Belfort por nocaute.
“Não tenho nada contra ele. É totalmente profissional o negócio e é assim que funciona. Da mesma forma que eu ganhei, ele poderia ter ganho. E o que me deixa feliz é que o título ainda continua no Brasil”, comemora.
Foi um chute certeiro, desses que se vêem em filme de ação, que ele aprendeu com o ator Steven Seagal, mestre das artes marciais. “Ele me ajudou a usar mais o quadril”, diz.
Anderson diz que sabe muito bem a diferença de técnica para violência. Para ele, golpes só dentro dos ringues, onde os praticantes, apesar de correrem altos riscos, são treinados para isso. Fora das cordas, o caminho é sempre o da paz.
“Eu acho que esse negócio de violência não está com nada. A partir do momento em que você não consegue mais dialogar com alguém, você não tem por que estar no meio das pessoas. Acho que é importante você ter conhecimento de causa e expressar seus direitos sem ser violento”, observa o lutador.
Quem vê assim não acredita. Mas por trás deste homem feroz tem um cara que é pai de família, marido e trabalhador. “Tenho meus medos, minhas alegrias e minhas frustrações. Normal, como qualquer pessoa normal”, diz.
Esse lutador, no mais variado sentido da palavra, tem coração mole. “Eu choro muito. Toda vez que eu me lembro da minha mãe e da minha tia, eu acabo chorando um pouco. Choro quando eu lembro por tudo o que eu já passei, por todas as fases que eu passei na minha vida que foram difíceis e quando eu vejo alguma coisa que me incomoda, como desigualdade ou covardia. Isso me deixa muito chateado”, afirma.
Mas e a alegria? “Tenho uma família maravilhosa. Tenho cinco filhos maravilhosos, perfeitos. Adoro meus filhos, meus irmãos, meus tios, meus pais biológicos que moram em São Paulo. Tenho uma família bacana. E eu sou muito feliz”, afirma.
Este é Anderson Silva, o Aranha. Aranha? Já disseram que é por causa das pernas, que é por causa da aparência com o bicho. A resposta é bem mais simples. “Eu me identifico muito com o Homem-Aranha. É o único super-herói que tem conta para pagar. Resumindo, é isso”, explica. Pelo menos, agora, está mais fácil liquidar a fatura.
“Eu fui para Curitiba, porque meus pais eram muito novos e não tinham condições de me criar em São Paulo. Aí minha mãe entrou num consenso com minha tia, que me criou. Nunca foi uma vida fácil, nunca faltou nada para viver dignamente, mas não dava para esbanjar. Era tudo muito controlado”, lembra.
O garoto foi à luta. Virou balconista em uma lanchonete. “Eu aprendi muitas coisas. Eu aprendi a lidar com as pessoas e a lidar com situações difíceis. Foi muito bacana”, destaca.
Mas o futuro não estava ali. Tentou outro caminho: seguir sua paixão de garoto.
“Minha grande frustração foi não ter sido jogador de futebol. Eu bem que tentei, mas não era para mim. Eu até que chutava bem, mas não deu certo. Não era para mim”, comenta.
O corintiano fanático ficou só na torcida, mas precisava ganhar a vida e investiu em outra paixão. Montou uma equipe de dança e fez shows imitando o Rei do Pop. “Fico até um pouco emocionado de falar, porque gostei muito, gosto muito e sou apaixonado pelo Michael Jackson”, conta.
Nessas de imitar, se meteu a interpretar. Queria ser, quem sabe, protagonista de “Tropa de Elite”. Mas tem alguma coisa fora do tom: a voz. “É um problema sério. Eu, desse tamanho, com essa vozinha”, comenta.
Nem o genro respeita. “O namorado da minha filha chegou e veio falar comigo. Ele estava esperando uma voz grossa e começou a rir. E eu falei: ‘Do que está rindo?’. ‘Desculpa, mas eu não imaginava que tua voz fosse desse jeito’”, comenta.
Nem no campo, nem palco, nem no cinema, nem no balcão. Foi no octógono, um ringue com oito lados, que Anderson Silva se deu melhor e venceu a maior luta - a luta da própria vida. O menino que era franzino hoje é o atual campeão dos pesos médios do UFC, a maior liga de artes marciais mistas do mundo. Está invicto há 13 lutas, um recorde. Oito lutadores já tentaram tirar seu cinturão e não conseguiram. E esse é outro recorde. Quando derrotou seu penúltimo adversário, estava com uma costela quebrada. No seu último desafio, levou três minutos e 25 segundos. Foi tudo que precisou para vencer Vítor Belfort por nocaute.
“Não tenho nada contra ele. É totalmente profissional o negócio e é assim que funciona. Da mesma forma que eu ganhei, ele poderia ter ganho. E o que me deixa feliz é que o título ainda continua no Brasil”, comemora.
Foi um chute certeiro, desses que se vêem em filme de ação, que ele aprendeu com o ator Steven Seagal, mestre das artes marciais. “Ele me ajudou a usar mais o quadril”, diz.
Anderson diz que sabe muito bem a diferença de técnica para violência. Para ele, golpes só dentro dos ringues, onde os praticantes, apesar de correrem altos riscos, são treinados para isso. Fora das cordas, o caminho é sempre o da paz.
“Eu acho que esse negócio de violência não está com nada. A partir do momento em que você não consegue mais dialogar com alguém, você não tem por que estar no meio das pessoas. Acho que é importante você ter conhecimento de causa e expressar seus direitos sem ser violento”, observa o lutador.
Quem vê assim não acredita. Mas por trás deste homem feroz tem um cara que é pai de família, marido e trabalhador. “Tenho meus medos, minhas alegrias e minhas frustrações. Normal, como qualquer pessoa normal”, diz.
Esse lutador, no mais variado sentido da palavra, tem coração mole. “Eu choro muito. Toda vez que eu me lembro da minha mãe e da minha tia, eu acabo chorando um pouco. Choro quando eu lembro por tudo o que eu já passei, por todas as fases que eu passei na minha vida que foram difíceis e quando eu vejo alguma coisa que me incomoda, como desigualdade ou covardia. Isso me deixa muito chateado”, afirma.
Mas e a alegria? “Tenho uma família maravilhosa. Tenho cinco filhos maravilhosos, perfeitos. Adoro meus filhos, meus irmãos, meus tios, meus pais biológicos que moram em São Paulo. Tenho uma família bacana. E eu sou muito feliz”, afirma.
Este é Anderson Silva, o Aranha. Aranha? Já disseram que é por causa das pernas, que é por causa da aparência com o bicho. A resposta é bem mais simples. “Eu me identifico muito com o Homem-Aranha. É o único super-herói que tem conta para pagar. Resumindo, é isso”, explica. Pelo menos, agora, está mais fácil liquidar a fatura.
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